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domingo, 27 de setembro de 2009

Dia Nacional da Doação de Órgãos e Tecidos

selo_horizontal A doação de órgãos ou de tecidos é um ato pelo qual manifestamos a vontade de doar uma ou mais partes do nosso corpo para ajudar no tratamento de outras pessoas. A doação pode ser de órgãos ( rim, fígado, coração, pâncreas e pulmão) ou de tecidos, (córnea, pele, ossos, válvulas cardíacas, cartilagem, medula óssea e sangue do cordão umbilical).

É possível também a doação entre vivos no caso de órgãos duplos e a doação entre parentes de órgãos como o rim, por exemplo. No caso do fígado, também é possível o transplante intervivos. Neste caso apenas uma parte do Fígado do doador é transplantado para o receptor. Este tipo de transplante ocorre por causa da particular qualidade do fígado de se regenerar, voltando ao tamanho normal em dois ou três meses. No caso da doação inter-vivos, é necessária uma autorização especial e diferente do caso de doador cadáver.
Não existe limite de idade para a doação de córneas. Para os demais órgãos, a idade e história médica são consideradas.
transplantes
O Sistema Nacional de Transplantes desde sua criação (1997) tem como
prioridade, evidenciar com transparência todas as suas ações no campo
da política de doação-transplante, visando primordialmente a confiabilidade
do Sistema e a assistência de qualidade ao cidadão brasileiro.
O Brasil possui hoje um dos maiores programas públicos de transplantes de órgãos e tecidos do mundo. Com 548 estabelecimentos de saúde e 1.376 equipes médicas autorizados a realizar transplantes, o Sistema Nacional de Transplantes está presente em 25 estados do país, por meio das Centrais Estaduais de Transplantes.

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sábado, 26 de setembro de 2009

Dia Mundial do Coração

Todo ano, no último domingo de Setembro é comemorado o Dia Mundial do Coração.
A campanha é organizada pela Federação Mundial do Coração que organiza eventos de sensibilização em mais de 100 países - incluindo os exames de saúde, caminhadas organizadas, corridas e sessões de ginástica, palestras públicas, espetáculos de palco, fóruns científicos, exposições, concertos, festas e torneios desportivos.
O tema deste ano é “ Trabalhe com o coração. “
Trabalhe com o CoraçãoAs doenças cardiovasculares são os maiores causas de morte no mundo, ceifando 17,5 milhões de vidas por ano. Fatores de risco para doença cardíaca e acidente vascular encefálico incluem a hipertensão arterial sistêmica, colesterol elevado,diabetes, tabagismo, consumo inadequado de frutas e legumes,  obesidade e sedentarismo.
Em parceria com a OMS, a Federação Mundial do Coração organiza eventos de sensibilização em mais de 100 países - incluindo os exames de saúde, caminhadas organizadas, corridas e sessões de ginástica, palestras públicas, espetáculos de palco, fóruns científicos, exposições, concertos, festas e torneios desportivos.

 
Além dos cuidados no dia-a-dia, todas as pessoas - mesmo as que se sentem absolutamente saudáveis - devem visitar o consultório médico com regularidade: uma vez por ano, por exemplo. Não se deve aguardar o aparecimento de problemas.

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domingo, 20 de setembro de 2009

Raiva Humana – Brasil tem o 3º caso de cura no mundo

O 1º paciente brasileiro que foi curado do vírus da raiva humana teve alta ontem, depois de 11 meses e uma semana internado. Este é apenas o 3º caso de cura no mundo,por isso teve bastante cobertura da mídia.
O paciente de 16 anos contraiu raiva, quando foi mordido por um morcego, enquanto dormia em sua casa, em Floresta, Sertão do estado de Pernambuco.morcego
O garoto foi submetido a um tratamento  baseado no Protocolo de Milwaukee, criado pelo Dr. Rodney Willoughby Jr. nos Estados Unidos em 2004, e a medicação inclui antivirais, sedativos e anestésicos. O método foi aplicado com sucesso pela primeira vez em uma adolescente americana.
O Ministério da Saúde divulgou em Novembro de 2008 uma Nota Técnica descrevendo a evolução do quadro clínico do paciente de Pernambuco.
A raiva é uma antropozoonose causada pelo vírus neurotrópico pertencente ao gênero Lyssavirus, da família Rhabdoviridae cujo genoma é constituído de RNA. O vírus acomete o sistema nervoso central, levando ao óbito após curta evolução da doença. A letalidade é de quase 100%. A transmissão ocorre quando o vírus da raiva existente na saliva do animal infectado penetra no organismo, através de mucosa ou de pele com soluções de continuidade, por mordedura, arranhadura ou lambedura. Outras formas mais raras de contágio já foram citadas como a transmissão inter-humana a partir de transplante de córnea, via inalatória, via transplacentária e aleitamento materno.
Em espaços urbanos, o principal transmissor é o cão, seguido do gato. Em espaços rurais é o morcego.
O morcego hematófago é um importante transmissor da raiva, pois pode infectar bovinos, eqüinos e morcegos de outras espécies. Todos estes animais podem transmitir a raiva para o homem.
O período de incubação é extremamente variável, sendo que no homem varia de 2 a 10 semanas, em média 45 dias, embora exista relato na literatura de até seis anos. Esta variabilidade depende da idade do paciente (nas crianças, o período de incubação costuma ser menor), da localização e gravidade da mordedura, com a proximidade de troncos nervosos e a quantidade do inóculo.

A doença começa com um período prodrômico de sintomatologia inespecífica que dura cerca de dois a quatro dias, caracterizado por mal estado geral, febre, cefaléia, anorexia com vômitos e dor de garganta. Podem ocorrer alterações sensitivas nos trajetos nervosos próximos ao local da inoculação, como hiperestesias e parestesias, com sensação de adormecimento, formigamento, queimação, prurido e dor local.

A partir de então, começam a surgir sintomas neurológicos mais específicos, como alteração do comportamento, irritabilidade, agitação psicomotora, alucinações e até convulsões. Estas crises convulsivas podem ser desencadeadas por estímulos táteis, auditivos ou visuais, uma vez que o paciente passa a apresentar hiperacusia e fotofobia.

Neste período ocorrem espasmos musculares na laringe, faringe e língua quando o paciente vê ou tenta ingerir líquidos, apresentando sialorréia intensa, caracterizando a hidrofobia. Em algumas situações a sensação de vento no rosto também desencadeia estes espasmos, caracterizando a aerofobia.

Os espasmos musculares progridem, evoluindo para paralisia, alterações cardiorrespiratórias, retenção urinária e obstipação intestinal. O paciente se mantém consciente, com períodos de alucinações até progressão para coma e óbito.

O período de evolução do quadro clínico desde o início dos sintomas até o óbito varia de 5 a 10 dias.
Os cães e gatos são responsáveis pela transmissão de 80% dos casos de raiva humana por isso é importante reconhecer os sintomas característicos da infecção nestes animais.
O cão raivoso apresenta um período de incubação de 10 dias a dois meses. A fase prodrômica dura cerca de três dias quando o animal apresenta alterações sutis de comportamento, escondendo-se, parecendo estar desatento não reconhecendo o próprio dono. A partir de então o cão passa a apresentar os sintomas específicos que se dividem em dois tipos: a forma furiosa ou a forma muda ou paralítica.

Na forma furiosa, o animal se apresenta hiperexcitado e agressivo, atacando o próprio dono ou então outros animais e até objetos inanimados. Seu latido fica rouco ou bitonal, acompanhado de anorexia, sialorréia, incoordenação motora, convulsões, paralisia, coma e morte.
Na forma muda, ao contrário da furiosa, o cão não se apresenta agressivo, tendendo ao isolamento em locais escuros. Os sintomas mais característicos são a fotofobia e sintomas paralíticos, que se iniciam pelos músculos da cabeça e pescoço (levando a dificuldade de deglutição e sialorréia), posteriormente se estendendo por todo o corpo, levando ao coma e morte.
O curso da doença no cão dura em média sete dias e o animal pode estar eliminando o vírus na saliva desde o quinto dia antes de apresentar os sintomas.No gato, a apresentação típica é a forma furiosa, com sintomatologia semelhante ao do cão. A mudança de comportamento prodrômica às vezes não é observada, tendo em vista a característica semi-doméstica dos felinos. Devido ao hábito dos gatos sempre se lamberem, as arranhaduras são sempre graves.
O diagnóstico da raiva é basicamente clínico, levando-se em consideração o quadro clínico e o antecedente de contato com animal possivelmente doente através de mordedura, arranhadura ou lambedura de pele ou mucosas.
A confirmação diagnóstica pode ser realizada através de métodos laboratoriais da identificação de antígenos ou anticorpos através de imunofluorescência direta ou indireta, soroneutralização e prova biológica de sangue, saliva, líquor, bulbo piloso da pele da nuca e esfregaço da córnea. É importante ressaltar que a avaliação dos anticorpos só pode ser valorizada em pacientes que nunca tenham sido previamente vacinados.
A avaliação post-mortem do tecido nervoso é de fundamental importância para o diagnóstico, de maneira que o cérebro e o cerebelo deverão ser encaminhados para laboratórios de referência, conservados preferencialmente sob refrigeração ou em glicerina misturada em partes iguais de água destilada ou água de Bedson ou Vallée. Nunca encaminhar o material em formol.
De maneira semelhante, o tecido nervoso de animais suspeitos também devem ser encaminhados da mesma forma, levando em consideração até a possibilidade de eutanásia destes animais para um diagnóstico mais precoce, para que as medidas de controle epidemiológico possam ser tomadas mais rapidamente.
A prevenção é  fundamental para a abordagem de doenças com taxas elevadíssimas de letalidade como a raiva humana.

Tratamento Profilático da Raiva Humana

1. Lavar o ferimento com água e sabão o mais rápido possível. Se necessário, desinfetá-lo com álcool ou álcool iodado.
2. Não se recomenda a sutura do ferimento; se absolutamente necessário, aproximar as bordas em pontos isolados.
3. A vacina humana usada de rotina no Brasil é a denominada Fuenzalida & Palacios.     A vacina de cultivo celular é usada em situações especiais estando disponíveis nos Centros de Referência de Imunobiológicos Especiais. Não existe contra-indicação para o uso da vacina anti-rábica. Sempre que possível, recomenda- se interrupção do uso de corticóides e imuno-supressores.
4. O tratamento deve ser iniciado o mais precocemente possível. Se houver interrupção de tratamento, ao reiniciá-lo deve-se completar as doses prescritas e não iniciar nova série.
5. O paciente deve evitar esforços físicos e excessos alcóolicos durante o tratamento, na tentativa de minimizar os riscos de reações adversas e otimizar a resposta vacinal.
6. A dose de soro anti-rábico heterólogo é de 40 UI/kg (dose máxima 3.000 UI). Realizá-lo após   teste de sensibilidade. A dose de soro anti-rábico homólogo é de 20 UI/Kg (dose máxima 1.500 UI).
7. Fazer a profilaxia do tétano, indicando soro e vacina, quando necessário.
8. O período de observação de 10 (dez) dias é aplicável SOMENTE para cães e gatos. (Não é usado, portanto, para outros animais domésticos, micos e macacos, mesmo os domesticados há muito tempo).
9. Em contato indireto ou em lambedura de pele íntegra não tratar, apenas lavar com água e sabão.
10. As agressões por animais silvestres (incluindo os macacos) deverão SEMPRE ser tratadas de acordo com a lesão, ou seja, 7 (sete) doses consecutivas de vacina e 2 (dois) reforços nas agressões leves;  soro, 10 doses de vacina e 3 (três) reforços, nas graves.
11. As agressões por morcegos são SEMPRE consideradas graves e deverão ser tratadas com soro,   10 (dez) doses de vacina e 3 (três) reforços, independentemente do caráter da lesão, salvo nos casos em que o paciente relate tratamento anterior.
12. Não é indicado tratamento anti-rábico nas agressões causadas por: ratazanas de esgoto, rato de telhado, camundongo, cobaia ou porquinho-da-índia, hamster e coelho.
13. Nas pessoas com história de tratamento anterior, NUNCA se indica o uso de soro anti-rábico.
14. No tratamento profilático humano não se considera o estado vacinal do animal agressor.
15. Toda prescrição deve ter como base o esquema padrão para tratamento profilático da raiva humana.
16. Quando o diagnóstico laboratorial do animal agressor negativo pela técnica de imunofluorescência, pode-se aguardar a prova biológica ( observação laboratorial) desde que sejam observadas as seguintes exigências:       
a. Não haja animal agressor na região;
b. O animal agressor não seja morcego;
c. O laboratório que realizou a imunofluorescência seja credenciado;
d. O resultado tenha sido fornecido em 72 horas

RAIVA HUMANA - Distribuição de casos confirmados, por Unidade Federada. Brasil, 1980 - 2005
UF/Macrorregião
Total de Casos: 1980-2005
Brasil
1.388
Norte
279
Nordeste
768
Sudeste
240
Sul
5
Centro-Oeste
140
FONTE: MS/SVS, SES e SINAN a partir de 1998.

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terça-feira, 15 de setembro de 2009

Epilepsia: médicos contra preconceito

Associação Brasileira de Neurologia inicia este mês campanha de esclarecimento sobre doença
ce Uma das doenças neurológicas mais frequentes no mundo, a epilepsia atinge 4 milhões de pessoas no Brasil — 2% da população —, segundo pesquisa da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). A proporção é maior do que a média mundial (1%). Dados do Ministério da Saúde apontam que, só este ano, 150 mil novos casos serão registrados.
Na quarta-feira passada, dia 9 de Setembro foi o Dia Nacional da Epilepsia e para combater o preconceito e a falta de informação em torno da doença, a Academia Brasileira de Neurologia (ABN) vai lançar, este mês, a campanha ‘Conscientização de epilepsia’. A falta de conhecimentos sobre a doença de grande parte da população estimula a existência de preconceitos e estigmas. Em diversas ocasiões, surgem, em conseqüência, atitudes discriminatórias contra pacientes portadores de epilepsia, além de medidas desnecessárias, quando não perigosas, para socorrê-los no decorrer de uma crise epiléptica.
De acordo com dados do Ministério da Saúde, entre janeiro e maio, cerca de 17 mil pessoas foram internadas na rede pública de saúde em  decorrência da doença.
A epilepsia é, segundo a Liga Internacional Contra a Epilepsia (ILAE), um distúrbio de origem cerebral causado pela predisposição a gerar crises epilépticas e pelas conseqüências biológicas, psicológicas e sociais da condição (ILAE,2005). Crises epilépticas ocorrem por atividade elétrica anormal, excessiva e síncrona de grupos de neurônios levando a manifestações neurológicas variadas, a depender do local em que ocorrem. As crises podem se manifestar por vários sinais e sintomas, como alterações sensitivas (parestesias, visuais, auditivas, gustativas etc.), autonômicas, motoras (abalos, mioclonias etc.), cognitivas (experienciais, dismnésicas) e do nível de consciência. O termo crise convulsiva reserva-se ao subgrupo de crises epilépticas que se apresentam com manifestações motora. As crises podem ser generalizadas ou parciais (focais).
De maneira geral, epilepsia pode ser dividida em duas categorias: idiopática, quando não há uma causa aparente, e secundária, quando a causa é reconhecida.
A epilepsia secundária pode ser ocasionada por lesões corticais adquiridas em qualquer momento da vida, como a esclerose de hipocampo, afecções congênitas ou malformativas, doenças infecciosas e parasitárias do sistema nervoso central (SNC), lesões vasculares, traumáticas, degenerativas ou neoplásicas.
O que fazer e o que não fazer quando alguém tem uma crise fora do ambiente hospitalar:
  • Mantenha-se calmo e procure acalmar os demais.
  • Ponha algo macio sob a cabeça do paciente.
  • Remova da área objetos perigosos com os quais a pessoa eventualmente possa se ferir.
  • Caso o paciente esteja usando gravata, afrouxe-a. Faça o mesmo com o colarinho da camisa. Deixe seu pescoço livre de qualquer coisa que o incomode.
  • Mexa a cabeça dele para o lado para que a saliva flua e não dificulte a respiração. Não introduza nada em sua boca.
  • Não prenda sua língua com colher ou outro objeto semelhante (não existe perigo algum do paciente engolir a língua).
  • Não tente fazê-lo voltar a si lançando-lhe água ou obrigando-o a tomá-la.
  • Não o agarre na tentativa de mantê-lo quieto.
  • Fique a seu lado até que sua respiração volte ao normal e ele se levante.
  • Leve-o para casa, caso ele não esteja seguro de onde se encontra.
Algumas pessoas ficam confusas após terem sofrido um ataque. Se você tem certeza de que a pessoa sofre de epilepsia e que o ataque não vai durar mais do que poucos minutos, é desnecessário chamar uma ambulância. Caso, porém, o ataque se prolongue indefinidamente, seja seguido por outros, ou a pessoa não volte a si, peça ajuda. Se a pessoa for diabética, estiver grávida, machucar-se ou estiver doente durante o ataque, chame uma ambulância.

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terça-feira, 8 de setembro de 2009

Hierarquia da Medicina

CALOURO - é o mais deslumbrado, acha bonito até fazer curativos. Para ele a medicina é dissecar cadáveres e ver lâminas no microscópio. Acha supremo chegar no segundo ano pra dar o trote. Seu maior sonho é andar de roupa branca segurando uma maletinha.

ACADÊMICO - é o mais prepotente. Sempre quer dar o seu palpite, apesar de pouco saber. Vive fazendo poses para seus amigos e familiares que já o chamam de médico.

DOUTORANDO - finalmente descobre que não sabe nada e que é tarde pra aprender. Também conhecido como sombra (pois sempre está atrás de um residente), vírus da caxumba (pois não sabe o que vai fazer) ou R dículo.

MÉDICO - diferencia-se do doutorando por apenas dois detalhes: (1) tem diploma; (2) tem CRM;

RESIDENTE - é o escravo da medicina, pois está sempre acorrentado à plantões, revisões bibliográficas e seminários. Melhor nome impossível, já que sua residência, ou melhor, senzala, é o hospital; e seu pelourinho o contra-cheque.

ESPECIALISTA - são aqueles que sabem muito de pouca coisa, até o dia em que saberão tudo de porra nenhuma.

MESTRE - por ter este pomposo título vive achando que seus colegas menos titulados são um lixo, como se ele mesmo não tivesse passado por todas outras fases, sempre fazendo a mesma coisa.

DOUTOR - ué, mas como médico eu já não era doutor?!?!

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terça-feira, 1 de setembro de 2009

Vacinas que não estão no Calendário Nacional de Imunização

vacina A vacinação é importante para tornar o organismo resistente e/ou capaz de reagir à infecções por vírus e bactérias.
O Ministério da Saúde noticiou que a partir do ano que vem a vacina anti-pneumocócica  será incluía no calendário nacional de imunização.
O Streptococcus pneumoniae que é informalmente conhecido como pneumococo  é um dos principais agentes etiológicos de otite média aguda, sinusite, pneumonia, bacteremia, sepse e meningite, tanto em crianças quanto em adultos.
Estima-se que o pneumococo seja responsável por 17% a 28% das pneumonias adquiridas na comunidade entre as crianças e por 15% a 35% das otites médias agudas.
A incorporação de uma nova vacina no Programa Nacional de Imunização depende de um amplo estudo que avalia o custo e a efetividade.
E por isso ainda existem outras vacinas que não constam no calendário nacional mas estão indicadas em situações específicas,elas podem ser obtidas gratuitamente  nos Centro de Referência de Imunobiológicos Especiais (CRIES) ou na rede privada de saúde como: meningite meningocócica, varicela zoster(catapora), hepatite A, febre tifóide e ao vírus HPV(causador de câncer de colo uterino). Estas vacinas só estão indicadas em situações específicas.

Vacina meningocócica conjugada

A vacina protege contra a doença meningocócica que é uma infecção bacteriana aguda, rapidamente fatal, causada pela Neisseria meningitidis. Esta bactéria pode causar inflamação nas membranas que revestem o sistema nervoso central (meningite) e infecção generalizada (meningococcemia). Existem 13 sorogrupos identificados de N. meningitidis, porém os que mais freqüentemente causam doença são o A, o B, o C, o Y e o W135.
A vacina está indicada nos casos de:
  • Asplenia anatômica ou funcional e doenças relacionadas;
  • Imunodeficiências congênitas da imunidade humoral, particularmente do complemento e de lectina fixadora de manose;
  • Pessoas menores de 13 anos com HIV/aids;
  • Implante de cóclea;
  • Doenças de depósito.

Vacina contra varicela

A vacina protege contra a varicela (catapora) que é uma infecção primária pelo Vírus Varicela-Zoster(VVZ). É uma doença altamente contagiosa, com erupções cutâneas, transmitida por via aérea ou por gotículas. Geralmente o período de incubação é de 14 a 16 dias (variando entre 10 a 21 dias). Houve casos informados onde pessoas imunocomprometidas desenvolveram a doença pela segunda vez, mas eles são raros. Depois da varicela, o VVZ fica em estado latente nos gânglios dos nervos sensoriais por toda a vida e pode ser transmitido durante os episódios de reativação (herpes zóster).
A vacina está indicada nos casos de:
  • Pré-exposição;
  • Leucemia linfocítica aguda e tumores sólidos em remissão há pelo menos 12 meses, desde que apresentem >700 linfócitos/mm3, plaquetas > 100.000/mm3 e sem radioterapia;
  • Profissionais de saúde, pessoas e familiares suscetíveis à doença e imunocompetentes que estejam em convívio domiciliar ou hospitalar com pacientes imunodeprimidos;
  • Candidatos a transplante de órgãos, suscetíveis à doença, até pelo menos três semanas antes do ato cirúrgico, desde que não estejam imunodeprimidas;
  • Imunocompetentes suscetíveis à doença e, maiores de um ano de idade, no momento da internação em enfermaria onde haja caso de varicela;
  • Antes da quimioterapia, em protocolos de pesquisa;
  • Nefropatias crônicas;
  • Síndrome nefrótica: crianças com síndrome nefrótica, em uso de baixas doses de corticóide (<2 mg/kg de peso/dia até um máximo de 20mg/dia de prednisona ou equivalente) ou para aquelas em que o corticóide tiver sido suspenso duas semanas antes da vacinação;
  • Doadores de órgãos sólidos e medula óssea;
  • Receptores de transplante de medula óssea: uso restrito, sob a forma de protocolo, para pacientes transplantados há 24 meses ou mais;
  • Pacientes infectados pelo HIV/aids se suscetíveis à varicela e assintomáticos ou oligossintomáticos (categoria A1 e N1);
  • Pacientes com deficiência isolada de imunidade humoral e imunidade celular preservada;
  • Doenças dermatológicas crônicas graves, tais como ictiose, epidermólise bolhosa, psoríase, dermatite atópica grave e outras assemelhadas;
  • Uso crônico de ácido acetil salicílico (suspender uso por seis semanas após a vacinação);
  • Asplenia anatômica ou funcional e doenças relacionadas;
  • Trissomias.

Vacina contra hepatite A

A vacina protege contra a hepatite A  que é uma doença infecciosa aguda, causada pelo vírus da hepatite A, que produz inflamação e necrose  do fígado. A transmissão do vírus é fecal-oral, através da ingestão de água e alimentos contaminados ou diretamente de uma pessoa para outra.
A vacina está indicada nos casos de:
  • Hepatopatias crônicas de qualquer etiologia, inclusive portadores do vírus da hepatite C (VHC);
  • Portadores crônicos do VHB;
  • Coagulopatias;
  • Crianças menores de 13 anos com HIV/aids;
  • Adultos com HIV/aids que sejam portadores do VHB ou VHC;
  • Doenças de depósito;
  • Fibrose cística;
  • Trissomias;
  • Imunodepressão terapêutica ou por doença imunodepressora;
  • Candidatos a transplante de órgão sólido, cadastrados em programas de transplantes;
  • Transplantados de órgão sólido ou de medula óssea;
  • Doadores de órgão sólido ou de medula óssea, cadastrados em programas de transplantes;
  • Hemoglobinopatias.

Vacina contra Febre Tifóide

A vacina protege contra a febre tifóide que é uma doença infecciosa potencialmente grave, causada por uma bactéria, a Salmonella typhi. Caracteriza-se por febre prolongada, alterações do trânsito intestinal, aumento de vísceras como o fígado e o baço e, se não tratada, confusão mental progressiva, podendo levar ao óbito. A transmissão ocorre principalmente através da ingestão de água e de alimentos contaminados.
A vacina está indicada nos casos de:
  • Pessoas sujeitas a exposição em decorrência de sua ocupação ou viajantes a áreas endêmicas.

vacina contra o HPV(não disponível na rede pública)

A vacina previne a  doença viral que, com maior freqüência, manifesta-se como infecção subclínica nos genitais de homens e mulheres. Clinicamente, as lesões podem ser múltiplas, localizadas ou difusas, e de tamanho variável, podendo também aparecer como lesão única. A localização ocorre no pênis, sulco bálano-prepucial, região perianal, vulva, períneo, vagina e colo do útero. Morfologicamente, são pápulas circunscritas, hiperquerotósicas, ásperas e indolores, com tamanho variável. Condiloma gigante (Buschke-Loewenstein), assim como papulose bowenóide, são raros.
O papilomavírus humano (HPV) é um vírus DNA não cultivável da família do Papovavirus, com mais de 70 sorotipos. Esses agentes ganharam grande importância epidemiológica e clínica por estarem relacionados ao desenvolvimento de câncer. Os grupos dos sorotipos considerados de elevado risco oncogênico são o 16, 18, 31, 33, 45,58, dentre outros.
A vacina é eficaz contra os tipos 6,11,16 e 18 do HPV, os quais são responsáveis por 70% dos casos de câncer do colo do útero (tipos 16 e 18) e 90% dos casos de condilomas genitais (tipos 6 e 11).
A vacina está indicada para:
  • Meninas e mulheres de 9 a 26 anos que ainda não foram infectadas.
A imunização é importantíssima para evitar diversas doenças!
Informe - se!

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