Tuberculose - Carta aberta à população
Tuberculose
Carta aberta à população do Fórum das ONGs na Luta contra a Tuberculose – Dia Mundial de Luta contra a Tuberculose – 24 de março
Prezado Senhores(as),
Solicitamos gentilmente a divulgação dessa carta, a finalidade é conscientizar a população e dar visibilidade ao problema junto a sociedade brasileira e cobrar ações mais efetivas por parte do estado nas três esferas de governo.
Solidariamente
Fórum Estadual das ONGs na Luta contra a Tuberculose –RJ
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É Antiga mais não é passado.
A tuberculose (TB) é uma das enfermidades mais antigas do mundo. Mas não é uma doença do passado como muitos imaginam. Está em estado de emergência global decretado pela Organização Mundial de Saúde como enfermidade reemergente desde 1993. Segundo estimativas da OMS, dois bilhões de pessoas, o que corresponde a um terço da população mundial, está infectada pelo Mycobacterium tuberculosis. Destes 8 milhões, desenvolverão a doença e 2 milhões morrerão a cada ano.
A tuberculose é considerada prioridade pelo governo brasileiro desde 2003. Dados do Programa Nacional de Controle da TB (PNCT) do Ministério da Saúde, mostram que, por ano, são notificados 80 mil casos novos de tuberculose (35% do total das Américas), causando cerca de cinco mil mortes; o maior número entre os países do continente, e um elevado numero de abandono do tratamento, um quadro muito distante da meta nacional, que é curar 85% dos casos diagnosticados e reduzir o abandono a taxas inferiores a 5%.(M.Saúde)
O Brasil é o 16º entre os países com o maior número de casos em todo o mundo, o Rio de Janeiro se destaca no quadro nacional por apresentar, historicamente um elevado número de casos, com a média de 12 mil novos casos por ano e uma incidência de 85 doentes para cada 100 mil habitantes, o que representa 20% das notificações no Brasil. mais que o dobro da média nacional, de 40,8 casos por 100 mil.
Estimativas apontam que cerca de 20% dos doentes não são diagnosticados, e muitos casos somente são descobertos após a internação ou óbito.
Nas últimas décadas, o risco apresentado pela TB e suas conseqüências têm sido muito maior devido ao alastramento implacável da pandemia do HIV/Aids.
Aproximadamente 10% dos pacientes com TB são também co-infectados pelo HIV, e a TB é a principal causa de morte de pacientes com Aids. Segundo Stephen Lewis, ex-Enviado Especial das Nações Unidas para HIV/Aids na África, as pessoas infectadas pelo HIV têm um risco vinte vezes maior de desenvolver doenças ativas, e a TB é atualmente a principal causa de morte entre pessoas infectadas pelo HIV no mundo inteiro. A bactéria da TB e o HIV são uma combinação fatal porque os dois patógenos atacam o sistema imunológico. "As duas doenças suprimem o sistema imunológico independentemente".
A tuberculose persiste como sério problema de saúde pública no Brasil sendo um sofrimento que afeta principalmente as pessoas empobrecidas, vítimas de maiores desigualdades sociais e também aquelas que estão vivendo com o vírus da aids (co-infecção TB/HIV). A falta de informação sobre a doença ainda é grande alimentando o medo e o preconceito em relação a doença.
As pessoas que adoecem por TB, ainda são fortemente estigmatizadas, isoladas, discriminadas, e comumente vitimadas por inúmeras violações dos seus direitos trabalhistas e sociais.
A tuberculose é uma doença grave, porém curável em praticamente 100% dos casos novos, usando a medicação adequada, que é distribuída no SUS. Com os recursos disponíveis, é perfeitamente possível o controle da doença, desde que exista o compromisso de todos nós: gestores, profissionais de saúde e população. Garantir o acesso a um diagnóstico rápido e ao tratamento supervisionado humanizado deve ser a nossa meta para a tuberculose deixe de ser um problema tão grave entre nós.
Carta aberta à população do Fórum das ONGs na Luta contra a Tuberculose – Dia Mundial de Luta contra a Tuberculose – 24 de março
Prezado Senhores(as),
Solicitamos gentilmente a divulgação dessa carta, a finalidade é conscientizar a população e dar visibilidade ao problema junto a sociedade brasileira e cobrar ações mais efetivas por parte do estado nas três esferas de governo.
Solidariamente
Fórum Estadual das ONGs na Luta contra a Tuberculose –RJ
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É Antiga mais não é passado.
A tuberculose (TB) é uma das enfermidades mais antigas do mundo. Mas não é uma doença do passado como muitos imaginam. Está em estado de emergência global decretado pela Organização Mundial de Saúde como enfermidade reemergente desde 1993. Segundo estimativas da OMS, dois bilhões de pessoas, o que corresponde a um terço da população mundial, está infectada pelo Mycobacterium tuberculosis. Destes 8 milhões, desenvolverão a doença e 2 milhões morrerão a cada ano.
A tuberculose é considerada prioridade pelo governo brasileiro desde 2003. Dados do Programa Nacional de Controle da TB (PNCT) do Ministério da Saúde, mostram que, por ano, são notificados 80 mil casos novos de tuberculose (35% do total das Américas), causando cerca de cinco mil mortes; o maior número entre os países do continente, e um elevado numero de abandono do tratamento, um quadro muito distante da meta nacional, que é curar 85% dos casos diagnosticados e reduzir o abandono a taxas inferiores a 5%.(M.Saúde)
O Brasil é o 16º entre os países com o maior número de casos em todo o mundo, o Rio de Janeiro se destaca no quadro nacional por apresentar, historicamente um elevado número de casos, com a média de 12 mil novos casos por ano e uma incidência de 85 doentes para cada 100 mil habitantes, o que representa 20% das notificações no Brasil. mais que o dobro da média nacional, de 40,8 casos por 100 mil.
Estimativas apontam que cerca de 20% dos doentes não são diagnosticados, e muitos casos somente são descobertos após a internação ou óbito.
Nas últimas décadas, o risco apresentado pela TB e suas conseqüências têm sido muito maior devido ao alastramento implacável da pandemia do HIV/Aids.
Aproximadamente 10% dos pacientes com TB são também co-infectados pelo HIV, e a TB é a principal causa de morte de pacientes com Aids. Segundo Stephen Lewis, ex-Enviado Especial das Nações Unidas para HIV/Aids na África, as pessoas infectadas pelo HIV têm um risco vinte vezes maior de desenvolver doenças ativas, e a TB é atualmente a principal causa de morte entre pessoas infectadas pelo HIV no mundo inteiro. A bactéria da TB e o HIV são uma combinação fatal porque os dois patógenos atacam o sistema imunológico. "As duas doenças suprimem o sistema imunológico independentemente".
A tuberculose persiste como sério problema de saúde pública no Brasil sendo um sofrimento que afeta principalmente as pessoas empobrecidas, vítimas de maiores desigualdades sociais e também aquelas que estão vivendo com o vírus da aids (co-infecção TB/HIV). A falta de informação sobre a doença ainda é grande alimentando o medo e o preconceito em relação a doença.
As pessoas que adoecem por TB, ainda são fortemente estigmatizadas, isoladas, discriminadas, e comumente vitimadas por inúmeras violações dos seus direitos trabalhistas e sociais.
A tuberculose é uma doença grave, porém curável em praticamente 100% dos casos novos, usando a medicação adequada, que é distribuída no SUS. Com os recursos disponíveis, é perfeitamente possível o controle da doença, desde que exista o compromisso de todos nós: gestores, profissionais de saúde e população. Garantir o acesso a um diagnóstico rápido e ao tratamento supervisionado humanizado deve ser a nossa meta para a tuberculose deixe de ser um problema tão grave entre nós.
OMS cobra do Brasil medidas efetivas contra a tuberculose
"O Brasil precisa fazer um esforço extra em sua luta contra a tuberculose".
A OMS também aponta a necessidade de o País avançar na estratégia de tratamento supervisionado, o abandono dos remédios contribui para o avanço da doença, e aprimorar a notificação de casos da doença no País. O órgão estima que 45% deles não sejam informados às autoridades de saúde brasileiras.
Segundo a OMS, o Brasil ainda é o 16º país com mais casos no mundo - em uma lista que reúne 22 nações - e, ainda que a incidências de casos tenha sofrido queda de 3,3% entre 2005 e 2006, naquele último ano havia 94 mil casos, com uma mortalidade de 4 pessoas para cada 100 mil habitantes. O Ministério da Saúde confirma que hoje há cerca de 80 mil casos novos por ano, com 5 mil óbitos.
"A cobertura dos tratamentos supervisionados é de 86%. A realidade é que ainda há um longo caminho a percorrer", criticou Raviglione. "No Brasil, a taxa de cura é de apenas 77%. Isso é muito baixo", continuou. Na Índia, a taxa de cura é de 86%, contra 85% no Congo e 94% na China, disse. "Não há justificativas para o Brasil não ter números parecidos aos desses países. O Brasil precisa fazer o que implementou no setor de aids também em tuberculose", concluiu.
Em números absolutos, a situação no Brasil é mais grave que a do Zimbábue, Camboja e Afeganistão. Mas está distante dos mais de 1,9 milhão de infectados na Índia e 1,3 milhão na China, os líderes.
Fonte: http://txt.estado.com.br/editorias/2008/03/18/ger-1.93.7.20080318.8.1.xml
A mobilização social na luta contra a tuberculose, através da criação de Fóruns e redes sociais de apoio às pessoas com TB, é um marco histórico e um importante instrumento político para mudar o dramático cenário da doença em nosso país. Os governos têm uma dívida histórica a reparar com essas populações afetadas pela tuberculose, pobreza, violência e o HIV/AIDS.
O Dia Mundial de luta contra a Tuberculose é uma data estratégica de mobilização e conscientização no mundo inteiro, chamando autoridades, ativistas, ONGs e a sociedade civil para uma maior atenção com relação à doença.
A TB é uma doença associada às más condições de vida da população, com muitos dos casos identificados entre os mais pobres e os que estão à margem da sociedade como favelas, populações de rua e carcerária.
Por isso é necessário divulgar o problema, mobilizar a sociedade e dar visibilidade nacional ao esforço brasileiro de luta contra a Tuberculose.
De forma que aproveitando a oportunidade desse momento estratégico de grande visibilidade para a luta contra a tuberculose e a saúde pública no Brasil, vimos chamar a atenção sobre a gravidade do problema.
O Dia Mundial de Combate à Tuberculose não é uma data para comemoração.
Mas uma ocasião de mobilização mundial, nacional, estadual e local buscando envolver todos às esferas de governo e setores da sociedade civil na luta contra esta enfermidade. É o marco fundamental de uma campanha permanente, fator fundamental para a intensificação das ações de controle da doença.
Nesse sentido considerando a gravidade da situação da tuberculose em nosso país, conclamamos a todos (as) que se mobilizem e participem dessa data, fazendo um esforço coletivo para que a tuberculose seja definitivamente uma doença do passado.
A tuberculose tem cura e o tratamento começa com a informação.
POR UM BRASIL LIVRE DA TUBERCULOSE,UMA RESPONSABILIDADE DE TODOS !
Fórum Estadual das ONGs na Luta contra a Tuberculose –RJ
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